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Gilberto Amado

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De acordo com o site da ABL (Academia Brasileira de Letras), Gilberto de Lima Azevedo Sousa Ferreira Amado de Faria foi um professor, escritor, jornalista, político, ministro, diplomata e acadêmico. Este último título foi dado pela ABL em 1963, ocupando a Cadeira 26, em sucessão a Ribeiro Couto. Nasceu em Estância, Sergipe, em 7 de maio de 1887, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de agosto de 1969. Foi o primogênito dos 14 filhos do matrimônio de Melchisedech Amado e Ana Amado e irmão dos escritores Genolino Amado, Gilson Amado e Gildásio Amado e primo do famoso romancista Jorge Amado. Na juventude, realizou seus estudos iniciais em Itaporanga d’Ajuda, município ao qual se apegou e deu destaque em sua obra História da minha infância (1954). Saindo de Sergipe, graduou-se em Farmácia na Bahia e em Direito em Pernambuco, onde também se tornou, ainda jovem, professor universitário de Direito Penal, relatando em sua produção Minha formação no Recife (1955). Em 1910, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a colaborar na imprensa, publicando um estudo sobre Luís Delfino no Jornal do Commercio. No mesmo ano, assumiu uma coluna semanal em O País. Em 1912, fez sua primeira viagem à Europa, tema de seu livro Mocidade no Rio e primeira viagem à Europa (1956). Em 1913, proferiu uma conferência intitulada A chave de Salomão (1914) no Salão Nobre do Jornal do Commercio, a convite da Sociedade dos Homens de Letras, enaltecendo o espírito contemplativo dessa associação, tornando-se um de seus trabalhos aclamados. 
No campo político, foi eleito deputado federal por Sergipe em 1915 e escolhido senador pelo mesmo estado em 1926. Sua atuação na Câmara se destacou por discursos que ganharam notoriedade, como o proferido na sessão de 11 de dezembro de 1916 sobre “As instituições políticas e o meio social no Brasil”. Nos últimos anos da República Velha, ocupou uma cadeira no Senado até que sua trajetória política fosse interrompida pela Revolução de 1930. Em 1931, realizou uma série de palestras sobre o sistema eleitoral, reunidas no livro Eleição e Representação (1932). Nessa época, retornou ao ensino superior, na Faculdade Nacional de Direito do Distrito Federal, sobressaindo-se de tal forma que o discurso anual Amado Lectures proferido por um especialista em Direito Internacional foi criado em sua homenagem. Com esse destaque mundial, foi designado consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores em 1934. Por sua vez, incumbiram-no ao cargo de Embaixador, tendo como primeira missão o governo chileno (1936). Entre 1939 e 1947, ocupou o cargo de Ministro na Finlândia. Todo esse período estadista é descrito nas publicações Presença na política (1958) e Depois da política (1960). A partir de 1948, integrou a Comissão de Direito Internacional da ONU, em que durante 28 anos em que participou da Comissão contribuiu significativamente para o Direito Internacional, cujas contribuições se encontram em trabalhos como Anuário das Nações Unidas, incluindo: “Direitos e deveres dos Estados”, “Definição da agressão”, “Processo arbitral”, “Reservas às Convenções multilaterais”, e outras.

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